Mudou-se para Lisboa há pouco mais de um ano, depois de ter vivido no Dubai, na Holanda e em França. “Decidi largar tudo, largar o meu trabalho e lançar-me na aventura empresarial, era qualquer coisa que queria fazer há já muito tempo, era o meu sonho”, refere a belga Stéphanie Lengelé.
Depois de alguma pesquisa, chegou à conclusão de que Lisboa seria o sítio ideal para fazer crescer a sua própria startup, não só “pela comunidade que aqui existe por detrás do mundo de startup, mas também pela qualidade de vida, pelo sol pela boa comida, pelo vinho e pelas pessoas, que são muito calorosas”.
A criação de um startup em Lisboa
Stéphanie é uma das co-fundadoras da Miap — originária de França mas com atividade em Portugal desde o início de 2020 —, uma aplicação móvel para ser usada no setor da restauração.
“A nossa app é para os restaurantes: permite que quem vem comer ou beber um copo de vinho, se possa sentar à mesa sem ter de esperar pelo empregado”, diz, esclarecendo: “Basta usar o telemóvel para ler o código QR, pedir e pagar através do telefone muito rapidamente.”
A aplicação foi lançada em França há dois anos e no início de 2020 em Portugal. “Com a pandemia foi um pouco difícil, mas depois cresceu muito rapidamente”, diz, referindo que para esse desenvolvimento foi essencial o estabelecimento de parcerias-chave, como a que têm com o Chef Chakall, por exemplo, bem como de outros “atores importantes no ecossistema dos restaurantes em Portugal”.
Bem recebida em Lisboa
Desde que aqui chegou, Stéphanie Lengelé sentiu-se logo em casa. “As pessoas acolheram-me muito bem, mesmo sem eu falar bem português”, afirma, acrescentando: “Hoje em dia, continuo a não falar bem português, mas toda a gente fala muito bem inglês ou francês.”
A comunidade que gira em torno da Startup Lisboa, incubadora de empresas, é também bastante energética e acolhedora. “Com a comunidade da Startup Lisboa consegui fazer amigos muito facilmente”, destaca.
Em Lisboa, para além do trabalho, acabou por se apaixonar pela cidade. “O que adoro aqui fazer é apenas passear na ruas, acho a cidade muito bonita, muito colorida e faz bom tempo. São quase 300 dias de sol por ano e, por isso, adoro passear, descobrir sítios novos”, diz.