Flávia Motta é uma cidadã brasileira a viver em Portugal, que ajuda quem precisa a encontrar uma casa neste país. Com o surgimento da pandemia de COVID-19, notam-se algumas mudanças no mercado imobiliário, sobretudo nas nacionalidades dos clientes e nas casas que procuram. “Casas no interior de Portugal, com muito espaço, no meio do verde, próximo da praia”, diz.
O que mudou no imobiliário pós-COVID-19
Em Portugal, durante o confinamento que foi decretado pelo Governo e que durou entre 18 de março e 2 de maio, o dia a dia de Flávia Motta manteve-se praticamente igual. “Para mim, não chegou a mudar tanto a minha rotina, porque boa parte do meu trabalho é mesmo de escritório — é estar no computador”, diz. E chegou mesmo a conseguir concretizar negócios, nesse período. “Eu consegui fazer tocar o negócio de uma visita e um cliente que afinal no meio da pandemia resolveu avançar e isso acabou por ser muito bom para ele”, conta. Outros clientes dos Estados Unidos, que “precisavam com urgência de adquirir um imóvel aqui”, levaram a que Flávia promovesse “todo o processo à distância, virtualmente”.
Notou-se sobretudo entre alguns clientes, como os brasileiros e os israelitas, maiores reticências nos investimentos no imobiliário pós-COVID-19. “Osmeus clientes brasileiros tiveram os seus planos de investimento praticamente suspensos. Primeiro, porque o cenário da valorização da moeda mudou muito”, diz, explicando: “O real brasileiro ficou muito desvalorizado em relação ao euro, então as pessoas tiveram de recalcular os seus investimentos.” E o mesmo sucedeu com os seus clientes israelitas.
Com o desconfinamento, os clientes mostram-se mais à vontade para retomar os seus investimentos, ainda que, no caso dos brasileiros, “de forma muito lenta”. E, no geral, veem-se mudanças no produto que procuram, já que agora querem imóveis fora da cidade, com mais espaço, junto ao campo e à praia.
O futuro do imobiliário pós-COVID-19
Entre os seus clientes, há alguma expectativas em relação ao futuro do imobiliário pós-COVID-19, diante desta crise de saúde e, por consequência, também financeira. Ainda assim, Flávia Motta acredita que “os brasileiros que querem vir para Portugal e querem investir em Portugal — e já queriam antes – vão continuar a querer e vão continuar a tentar realizar esse plano”, até porque os cidadãos daquele país da América do Sul estão à procura “de um lugar mais seguro [para morar], mais tranquilo, onde a vida não é tão cara”. Quanto aos outros clientes estrangeiros, que já vivem na Europa, a agente imobiliária não vê grandes mudanças nos seus planos de investimento.
Seja como for, venha o que vier, Flávia Motta assegura: “A minha expectativa é positiva e somos adaptáveis. Qualquer coisa a gente se adapta.”
Ver link: Como comprar casa em Portugal: Flávia Motta ajuda quem chega ao país