Eric Charlet e a mulher mudaram-se de França para Portugal, em busca de novas oportunidades na restauração. O objetivo foi abrir um novo espaço em Lisboa e mudar de vida. “Estamos a viver em Portugal há dois anos, e foi o tempo necessário para encontrar o local, remodelar aquilo e realizar todos os procedimentos legais e também as obras”, afirma Eric Charlet.
De França para Portugal
Com um restaurante em França há mais de duas décadas, o casal quis “fazer algo diferente” e mudar para um novo clima. Abriram, assim, o L’Os A Moelle, no centro da capital. “Quando tomámos posse daquilo estava vazio, não havia nada lá dentro”, recorda.
Olhando para os procedimentos de abertura de um espaço destes em França e para os procedimentos em Portugal, diz que são relativamente semelhantes, assim como as formalidades administrativas. “O que é diferente é o relacionamento que temos com as pessoas e também este acompanhamento em relação a algumas formalidades, que nos ajudou a tratar de tudo o que tinha a ver com a instalação da cozinha”, afirma.
Escolheram Lisboa para morar e para a sua aventura empresarial porque, fora dos tempos da pandemia, viviam-se tempos propícios ao turismo. “Tem muitos turistas e muitos portugueses que também querem conhecer a nossa culinária, e acho que é um sítio ótimo, no que toca às pessoas, no que toca ao nosso setor de atividade, no que toca ao turismo”, diz. Além disso, estão perto de casa, na Europa. “Não precisamos de ir para a América do Sul, para a América do Norte, ou para a China, e somos bem recebidos aqui.”
Lisboa: um bom sítio para morar
Para além das oportunidades de negócio, Eric considera que Lisboa é um bom sítio para morar. “Primeiro, a cidade é incrível e temos quase 300 dias de sol por ano, é fantástico. E também tudo o que é histórico ou cultural é muito interessante descobrir”, justifica.
Depois, olhando para o ambiente social que se vive aqui, sente-se mais confortável em Portugal do que em França. “Sentimo-nos muito bem aqui em comparação com França, onde o ambiente social é um pouco opressivo.”
Mas, como todos os proprietários de um negócio, os tempos livres são escassos. Quando os têm, gostam de ir à praia. “É a nossa ocupação às segundas, tentamos ir uma vez por semana. Podemos relaxar. A praia fica a uns 20 minutos de casa”, declara.
Também gostam de passear, conhecer os monumentos, as igrejas e os jardins. “Há muitos sítios para conhecer em Lisboa”, afirma.
No futuro, imagina-se a viver em Portugal. “Comprar uma casa, trabalhar mais alguns anos e reformarmo-nos tranquilamente porque já trabalhámos muito durante a nossa vida.”